quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ribeira das Naus fecha ao trânsito durante 4 meses a partir de dia 15 - Lisboa

O trânsito na Avenida Ribeira das Naus, na zona ribeirinha de Lisboa,
vai estar cortado a partir de dia 15 e durante quatro meses, anunciou
hoje o presidente da autarquia, António Costa.

O corte de trânsito, desde o campo das Cebolas até Corpo Santo,
deve-se a diversas obras a decorrer em simultâneo na zona do Terreiro
do Paço, entre as quais a substituição de uma das principais condutas
de abastecimento de água a Lisboa, a construção de duas caixas de
intercepção de esgotos e a consolidação do Torreão Poente, que desde a
sua construção já abateu 1,40 metros.

Reconhecendo que estes quatro meses serão "um período muito difícil e
de fortíssimo condicionamentos na circulação na cidade", António Costa
sublinhou a necessidade de uma grande redução no trânsito na Rua do
Arsenal, que "não tem capacidade para receber todo o tráfego desviado.

Depois de anunciar o corte de trânsito, o autarca apresentou as várias
alternativas propostas pela autarquia para os percursos
Alcântara/Almirante Reis; Belém/Saldanha/Expo; Algés/Expo; Marquês de
Pombal/Santos e Marquês de Pombal/Santa Apolónia.

Assim, para quem vai de Alcântara para a zona da Avenida Almirante
Reis, a autarquia sugere duas alternativas à utilização da Ribeira das
Naus: seguir o percurso Av.Ceuta/Av.Gulbenkian/Av.Berna/João
XXI/Areeiro ou então seguir pela Av.24 Julho ou pelo viaduto da Av. Da
Índia até à Infante Santo e depois seguir para Estrela/Rato/Alexandre
Herculano/Conde Redondo/Jardim Bonifácio/Rua Jacinta Marto.

Neste percurso alternativo aparece uma das alterações de trânsito que
a autarquia vai fazer em Lisboa para ajudar a escoar o tráfego: tanto
a Avenida Duque de Loulé como a Conde Redondo passam a ter duas vias
em cada sentido.

Para o percurso Belém/Saldanha/Expo, a autarquia sugere o caminho Av.
Restelo/Av. Ilha da Madeira/Av. das Descobertas/A5/Túnel do
Marquês/Marquês de Pombal e daí seguir para a Expo via Casal
Ribeiro/Estefânia/Pascoal de Melo/Almirante Reis/Praça do Chile/Morais
Soares/Paiva Couceiro/Mouzinho de Albuquerque/Infante D. Henrique.

Já de Algés para a Expo são sugeridos três percursos:
CRIL/2ªCircular/Relógio/Marechal Gomes da Costa;
Alcântara/Av.Ceuta/Av.Gulbenkian/Praça de Espanha/Campo Pequeno/João
XXI/Olaias/Av.Marechal Spínola/Av.Marechal Gomes da Costa ou então
seguir desde a Av.Gulbenkian pelo Eixo Norte-Sul/Av.Forças
Armadas/Av.EUA/Av.Marechal Spínola/Av.Marechal Gomes da Costa.

Do Marquês de Pombal para Santos é sugerido o percurso
Av.Liberdade/Alexandre Herculano/Rato/S.Bento/D.Carlos I e do Marquês
para Santa Apolónia a sugestão é: Fontes Pereira de
Melo/Saldanha/Casal Ribeiro/Estefânia/Pascoal de Melo/Almirante
Reis/Praça do Chile/Morais Soares/Paiva couceiro/Mouzinho de
Albuquerque.

António Costa reconheceu que vão ser "quatro meses muito difíceis"
para a cidade de Lisboa mesmo com alternativas, mas recordou que
depois de estarem concluídos os trabalhos, a Avenida Ribeira das Naus
reabrirá ao trânsito automóvel em ambos os sentidos, ficando a Rua do
Arsenal reservada para transportes públicos.

De acordo com António Mineiro, professor jubilado da Universidade Nova
que "desenhou" o trabalho de consolidação do Torreão Poente a
desenvolver pela Sociedade Frente Tejo, aquela estrutura está
construída em cima de uma área mais profunda de lodos arenosos do que
a do Torreão Nascente, daí a diferença de comportamento dos edifícios.

"É por isso que este abateu 1,40 e o outro não", explicou.

O trabalho de consolidação, que deverá custar 900 mil euros e durar
três meses, inclui a colocação de 29 estacas em torno do torreão, 11
do lado do rio e as restantes do lado da Praça do Comércio.

Segundo António Mineiro, este trabalho de consolidação dos terrenos em
volta do torreão é necessário para evitar uma situação de afundamento
do edifício, "em caso de sismo com uma magnitude igual à do terramoto
de 1755".

Para definir os usos tanto do espaço do Torreão Poente como das
restantes áreas do rés-do-chão do Terreiro do Paço, a Sociedade Frente
Tejo está a desenvolver um estudo de urbanismo comercial.

http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/911945.html

http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/911943.html

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